Todos esses processos de produção em série, emulação social e crescimento econômico promoveram uma democratização do consumo através da ascensão da sociedade burguesa. Houve uma mudança cultural onde o consumo deixou de ser monopolizado e promoveu a popularização para as outras classes que passaram a pertencer uma esfera social consumista.
O consumo serve na sociedade contemporânea como sinal de felicidade. Assim, consumir é o que pode trazer as satisfações e realizações últimas dos seres humanos. A indústria cultural associa consumo e felicidade em suas produções (novelas, filmes, propagandas, vídeo-clipes) ao mostrar personagens realizados porque adquiriram algum produto. Pensa-se que imitando o consumo destes personagens pode-se obter a felicidade que eles interpretam ter. Adquirir um dos objetos de desejo da sociedade de consumo vai além de conquistar prestígio, riqueza e poder. Significa alcançar modelos de felicidade. Quando se consome e esta felicidade não é alcançada, o resultado é um vazio que só um novo consumo pode solucionar.
Estética é o estudo das criações artísticas, quanto à possibilidade da sua conceituação, quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ela proporciona nas pessoas (FERREIRA, 1999, p.834). Partindo de uma visão mais ampla sobre o termo, ele é definido como um ramo da filosofia que busca entender a construção do belo e dos fundamentos da arte. Apesar de estar ligado às manifestações artísticas, que são tão antigas quanto o próprio homem, o conceito de estética é relativamente recente, sendo introduzido no vocabulário filosófico a partir do século XVIII. Grandes filósofos da antiguidade refletiram sobre a questão da estética, desenvolvendo estudos e, por vezes, ainda conceitos para definir o termo. Assume-se nesse trabalho a visão de estética como a capacidade de produzir um juízo a partir da experiência. Este juízo reflete a afirmação ou negação de uma relação sobre algo, produzindo a apreciação ou valorização sobre aquilo que se pode classificar como agradável ou desagradável.
A estética é que acomete aos sentidos, através dos quais pode-se julgar aquilo que consideramos belo dentro do objeto observado. Na busca da interação do individuo com o espaço pretende estimular as experiências sensoriais e aguçar o desejo de consumir produtos e serviços. A estética está ligada diretamente ao consumo. Através dela é possível impulsionar a compra para adquirir o objeto desejado e produzir a satisfação pessoal.
Podemos verificar como o consumo e a estética estão intimamente ligados. A identidade visual pode influenciar o indivíduo a comprar e adquirir um produto que, bem exposto e localizado desperta o desejo. Desde modo, estruturar o ambiente e o produto torna-se uma tendência da sociedade contemporânea para atender o consumidor e fidelizá-lo com a marca e o espaço físico freqüentado por ele.
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